quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

lisboa

Foi naquela noite que me deste tudo
o que eras,o que querias ser e o que foste numa noite
em que na alvorada da madragoa,
sobre o muro de pedra onde a fonte borbulhava
a agua caída do seu repuxo e eu te via pisando
as pedras do chão que mouros pisaram e
réis la choraram e hoje te vejo a vir devagar
sem saber de onde vieste ou quem te pós
neste caminho onde olhava simplesmente
para a formosa cidade onde a noite se aconchegara
sobre um beijo que me mandaras
por um olhar cortado da luz daquele candeeiro
no qual estavas junto a pensar
na vida  e onde te interrogavas que fizeras ali
ao vento que te fazia esvoaçar cabelos que
dançavam a bela dança de graça e amor que num
sopro de beijo de inverno ali passara
entre o caminho no qual se distanciavam-nos
 e nossos olhos se cruzaram para sem saber
o que o destino na palma da mão nos guardava
e que nos ia levar a descer cada traço de cada bairro
que nos deixava uma marca de um beijo de um fado
em que alfama ouviste e pediste um simples sorriso
onde eu disse que não sabia o que o fado me
dizia e tu simplesmente disseste diz o que não
somos capazes de dizer sobre um amor que vivemos
sobre a cidade que simplesmente se vive a beira
de um rio calmo e dono de si próprio que não é mais
do que as lágrimas de quem um dia la viveu
o seu grande amor ao som da linda voz de um senhor
que uma rainha o cantava a sua grande paixão pelos
seus sete belos bairros fadistas.